jeudi 12 janvier 2017

10 PONTOS FUNDAMENTAIS SOBRE O CANCRO

CANCRO: CONHECER, CONFORTAR, VENCER





O cancro continua a ser uma doença grave que afecte um grande número de pessoas e leva milhares de vidas ano após ano. Não é de todo trivializar um tema tão sério. Mas, hoje em dia, ter cancro não equivale de forma alguma a uma sentença de morte, e isso deve ficar bem claro. O número de sobreviventes aumenta todos os dias e continuará a fazê-lo. Ainda não é uma guerra terminada, é verdade, mas também não se pode dizer que a estejamos a perder. Além disso, não nos podemos esquecer de que actualmente o cancro não é apenas controlável em muitos casos, mas que também é evitável: há muitíssimas armas para o prevenir que é crucial que conheçamos. Não nos devemos resignar a esperar que nos ´saia a lotaria´, já que está nas mãos dos cidadãos, não nas do médicos, eliminar mais de metade dos cancros que vemos hoje em dia.

Nas próximas páginas, apresento algumas estatísticas que nos permitirão ter uma ideia rápida da incidência, da sobrevivência, dos riscos e do impacto do cancro, e uma recolha das perguntas mais frequentes que as pessoas se colocam sobre estes assuntos, complicados a partir das dúvidas que fui recebendo através da Internet.
O cancro é um grupo de células que se multiplicam sem controlo. Podem formar uma´massa` (tumor) ou não (no caso das leucemias, que produzem um aumento de glóbulos brancos no sangue). O que define a sua malignidade é a capacidade de invadir tecidos vizinhos e de colonizar órgãos longínquos (metástases).

2 O cancro é uma doença genética. O motivo pelo qual as células cancerosas não seguem as mesmas regras do que as outras é porque acumulam uma série de alterações nos seus genes (mutações).

3 O cancro começa numa só célula. Uma célula é a que inicialmente acumula estas mutações nos seus genes e se multiplica continuamente.

4 A formação de um cancro é um processo lento. O facto de que requeira a acumulação de diversas alterações genéticas, que a célula vai adquirindo progressivamente, faz com que o processo possa durar até décadas.

5 O cancro não é apenas uma doença, mas sim, muitas diferentes agrupadas sob um único nome. Dependendo da célula de origem e das mutações que for adquirindo, o cancro terá características  muito diferentes.

6 A prevenção é uma arma muito eficaz. Os factores externos (substâncias químicas, radiação, etc.), são os principais responsáveis pelas mutações, por isso, um grande número de cancros poder-se-ia evitar se não fumássemos, vigiássemos a exposição ao Sol, controlássemos o peso e fizéssemos um pouco de exercício.

7 Os suplementos e as dietas não previnem nem curam o cancro. 
Apesar de serem muito populares, não se verificou que nenhum dos suplementos naturais nem vitaminas que se vendem nem as dietas `magicas`protejam contra o cancro ou possam ajudar a curá-lo. Nem sequer os antioxidantes. Em alguns casos, até podem piorar a saúde de quem os toma ou interferir com os fármacos que são úteis.

8 O tratamento mais efectivo contra o cancro costuma ser, em muitos casos, a cirurgia. 
Na maior parte dos cancros sólidos, se podemos atacar o tumor maligno quando ainda está localizado, as possibilidades de cura são muito elevadas. Por isso é tão importante fazer o diagnostico o mais depressa possível.

9 Uma nova geração de tratamentos tem como objectivo bloquear as proteínas que não funcionam correctamente na célula cancerosa. 
O nosso conhecimento das bases moleculares do cancro permitiu-nos conceber fármacos específicos. Não costumam curar por si só, mas em combinação com outros mais clássicos podem ser efectivos em certos tipos de cancro. A lista das terapias dirigidas não pára de crescer.

10 As terapias `personalizadas´serão possivelmente o futuro do tratamento do cancro. Analisaremos as mutações de um cancro e assim poderemos escolher de entre o arsenal de terapias as que têm mais possibilidades de funcionar naquele paciente. Desta forma, aumentaremos a eficácia e reduziremos os efeitos indesejados.


ALGUMAS ESTATÍSTICAS QUE VALE A PENA CONHECER
  • 33% Percentagem da população que terá um cancro num momento ou outro da sua vida ( 1 em cada 3 pessoas).
  • Mais de 200 Número de cancros diferentes que se conhecem.
  • 4 Número de cancros responsáveis por mais de metade dos casos que vemos em todo o mundo. São o da mama. o da próstata, o do pulmão e do cólon.
  • 50% Percentagem de mortos por causa do cancro devido a um dos `quatro grandes`( da mama, da próstata, do pulmão e do cólon). Em Portugal, os principais causadores de morte são o do pulmão em homens e da mama em mulheres. O segundo, em ambos os sexos, é o do colon e o terceiro o do estômago. 
  • 7,6 Milhões de pessoas que morreram de cancro no mundo em 2008. Globalmente, isto representa 13% de todas as mortes (em países desenvolvidos, este número sobe até 25%). Em Portugal, morrem cerca de 42 mil pessoas de cancro todos os anos. 
  • 60% Percentagem do total de cancros que aparecem a partir dos 65 anos de idade. 75% das mortes causadas por cancros estão nesta faixa. Assim sendo, o cancro é sobretudo uma doença de pessoas idosas. 
  • 1% Percentagem do total de cancros que aparecem antes dos 24 anos de idade. 
  • 50% Percentagem aproximada de pacientes com cancro que continuam vivos 10 anos depois de ter sido feito o diagnóstico, tendo em conta tanto os mais benignos como os mais agressivos. Ou seja, praticamente metade dos cancros `curam-se`.
  • 75% Percentagem de crianças com cancro que se curam.
  • 30% Percentagem de mortes devido ao cancro que são causadas por um dos factores externos mais frequentes: obesidade, falta de exercício, tabaco e álcool. Se fizéssemos exercício, vigiássemos o peso, não fumássemos e bebêssemos com moderação, evitaríamos 1 em cada 3 mortes causadas pelo cancro. 
  • 20% Percentagem de todos os cancros que são directamente causados pelo tabaco. Em Portugal, o número de fumadores diminuiu de 29%, em 2002, para 23%  em 2010. 
  • 15-20% Mortes por cancro devido a obesidade (em pessoas com mais de 50 anos). Entre 15% a 17% dos portugueses são obesos, com maior incidência nos homens (15%) do que nas mulheres (13,2%).
  • 3% Mortes por cancro devido ao consumo de álcool. Beber mais de 60 gr de álcool por dia (em mulheres 40 gr) é considerado um factor de risco elevado. Percentagem de pacientes com cancro do pâncreas que continuam vivos 5 anos depois do diagnóstico. É o cancro com pior prognóstico. Os seguintes da lista são o do pulmão (6%) e do esófago (7%).
  • 10% Percentagem de cancros causados por factores hereditários conhecidos. Os restantes são causados por factores relacionados com o meio. 
  • 16% Percentagem de cancros causados por uma infecção nos países desenvolvidos, (1 em cada 6). Em países em desenvolvimento, este índice é de 1 em cada 4 e 1 em cada 3. 
  • 98% Percentagem de casos de cancro do testículo que se curam. É o que tem melhor prognóstico de todos. O seguinte é o melanoma (com 80%-90% de pacientes vivos 5 anos depois do diagnóstico), apesar de ser um cancro muito agressivo.  Neste caso, o prognóstico é bom porque se detecta rapidamente, já que a sua localização faz com que se possa ver com facilidade. 

Todas estas estatísticas foram obtidas pelo Cancer Research Uk, American Cancer SOciety, National Cancer Institute, Annals of Oncology e pela OMS.

Revista: VIDA&SAÚDE NATURAL

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